quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Enquete da semana

Dando continuidade a proposta de relembrarmos personagens da nossa artista Eliane Giardini, abrimos mais uma enquete. Estão no páreo:

Isaura  x Estela x Helena x Eva 

Sim, desta vez fomos um pouco mais longe no tempo buscar essas personas das quais Eliane deu vida.
Para votar é muito fácil, basta escolher uma das personagens na enquete ao lado, a caixinha logo abaixo do perfil do blog >>.

Desde já agradecemos à quem participar.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Santinha - "A Indomada"


Já que Santinha ganhou a primeira enquete que o Blog Eliane Giardini lançou, vamos então relembrá-la?!


Santinha - "A Indomada"



Uma novela recheada de talentos por todos os lados, com autoria primorosa de Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares e direção de Marcos Paulo. A Indomada foi ao ar no ano de 1997 e trouxe consigo uma trama bem peculiar: junção de costumes ingleses em pleno Nordeste brasileiro. É neste ambiente que Eliane interpreta sua Santa Maria de Sousa Pedreira, ou melhor, Santinha.




Santinha era irmã de Altiva (Eva Wilma), a vilã da história, e era sua vítima favorita, pois dependia dela para tudo. Além disso, Santinha era emocionalmente instável, alcoólatra, que sempre afogava as mágoas e as poucas alegrias na bebida. Era aí que Altiva se aproveitava da instabilidade da irmã. Nesses momentos, a alcoólatra se metia nas mais diversas confusões, sempre envolvida com homens casados, talvez, para diminuir o fardo do passado, ou mesmo uma fuga para não se comprometer com alguém que já pertencia a outra.

Santa Maria, no passado, foi ligada a Richard (Flávio Galvão), com quem teve um romance, que foi destruído por sua irmã Altiva - ela tinha inveja da bondade e graciosidade de Santinha e fazia de tudo para que o amor da vida da irmã não ficasse com ela. Santinha guardava consigo, durante toda a vida, um segredo de Altiva: a maternidade de Artêmio (Marcos Frota), fruto de uma armadilha da maquiavélica irmã, que se passando por Santinha, passou a noite com Richard, começando, assim, toda a trama que envolvia segredos e inveja de uma irmã pela outra. Rejeitado por Altiva, Artêmio foi criado na casa da família a pedido de Santinha, a quem o rapaz tinha grande estima.

Santinha, segundo os autores, “somente Eliane poderia dar vida, devido à sua beleza, talento e carisma” (Tele História da TV). Dramática e hilária, ela intercalava cenas engraçadas com dramáticas, demonstrando assim seu enorme talento. A personagem emocionou e alegrou o público, foi considerada como a mais difícil e a mais aplaudida da carreira da atriz. Além disso, a alcoólatra dramática e engraçada rendeu à Eliane a oportunidade de confirmar o seu talento e versatilidade.

É inesquecível a cena em que Santinha, após ser enxotada do British Club por Richard, bebe para esquecer do fato. A bebedeira é tamanha que ela acaba indo à 'Casa de campo' (bordel local) para divertir-se. Chegando lá, ela dança, diz que não sairá do recinto e por fim acaba desmaiando. Ainda podemos recordar da cena em que ela bebe todas para esquecer das amarguras da vida.

E quanto à trilha sonora...bom, em se tratando de Santinha, nada como uma linda música em francês para embalar suas cenas. 'Gardez moi pour toujours' narra bem a trajetória da personagem. 

Ainda com relação à novela, vale citar que foi reprisada no Vale a Pena Ver de Novo entre 1999 e 2000 e é uma das mais pedidas para reprise no Canal Viva. Quem sabe Greenville e seus personagens marcantes não voltam às nossas telinhas, não é?! Esperamos que sim!

Confira as cenas que citamos: vídeo 1 ; vídeo 2

sábado, 8 de dezembro de 2012

Eliane Giardini no "Estúdio i"

'Estúdio i' é um programa da GloboNews com a apresentação da jornalista Maria Beltrão. Há muito, nós fãs tínhamos o desejo de que Maria Beltrão entrevistasse nossa Eliane. Pois bem, agora com Eliane interpretando Jocasta no clássico de Sófocles 'Édipo Rei', ela recebeu o convite para ir ao programa falar sobre a peça e foi na última quinta-feira, 06/12, segue então os vídeos dessa linda entrevista.

Eliane Giardini no 'Estúdio i' parte 1

Eliane Giardini no 'Estúdio i' parte 2

Eliane Giardini no 'Estúdio i' parte 3

Eliane Giardini no 'Estúdio i' parte final


Agradecimento pelos vídeos à fã Raelynn Harrison


segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Enquete da semana

    Conforme combinamos, o Blog Eliane Giardini, motivado pelo 'Novelão da Semana: América', resolveu fazer enquetes para relembrar algumas personagens que foram vividas por Eliane. Pois bem, falamos no post sobre 'Neuta' [ Relembre aqui! ] que postaríamos uma personagem por semana.


Segue a primeira: 

Tarsila do Amaral x Santinha x Helena x Yolanda 

    Basta votar na enquete ao lado, a caixinha está logo abaixo do perfil do Blog, do lado direito da tela.
    Desde já, agradecemos a quem colaborar!



sábado, 1 de dezembro de 2012

Relembrando: Neuta Fontes em "América"


A partir de hoje o 'Blog Eliane Giardini' relembrará personagens da carreira da nossa artista. Será uma personagem por semana, e quem escolhe a personagem a ser relembrada é você!! Estará disponível toda semana uma enquete para que você vote na personagem que você quer que relembremos.

Aproveitando que o 'Novelão da Semana', do programa 'Video Show', tratará da novela 'América' de Glória Perez, iniciaremos os trabalhos com Neuta Fontes, personagem de Eliane na trama.


Neuta Fontes - América (2005)


Em sua terceira parceria com Glória Perez, Eliane era Neuta Fontes, viúva respeitadíssima que comandava com pulso firme sua fazenda na pequena Boiadeiros. 
A personagem abordou dois temas ainda polêmicos nos dias de hoje: a relação de uma mulher madura com um homem mais jovem e a questão da aceitação familiar com a homossexualidade dos filhos. 
Quando Neuta chegou a Boiadeiros já era viúva, e veio trazendo consigo seu filho Sinval Junior (Bruno Gagliasso). Ninguém na cidade conhecia o falecido Sinval, marido de Neuta, mas ela fazia questão de colocá-lo como um homem de caráter acima de qualquer questionamento. Ali, Neuta constituiu patrimônio em terras e cabeças de gado, comandando tudo isso de maneira firme, pois seu objetivo era deixar as terras para seu filho. Neuta manda então o filho para estudar na Capital, e paga o curso de veterinária, porém Junior acaba fazendo o curso de moda sem o consentimento de sua mãe. 
Em sua fazenda a viúva morava com as suas afilhadas, Detinha (Samara Felippo), Bebela (Kika Kalache), Maria Ellis (Silvia Buarque) e Penha (Carolina Macieira), as chamadas Maria’s Breteiras, que passavam diversos apuros porque a madrinha não dava mole quando se tratava de relacionamento com os peões. 
Misteriosamente, nas terras da viúva aparece um boi que é apelidado de Boi Bandido. Como ninguém reclama a posse do bicho, ela o registra como sendo seu, e acaba fazendo sucesso e dinheiro com a apresentação do boi durante os rodeios da região, uma vez que o bicho era extremamente bravo e nenhum peão se atrevia a montá-lo. 
Neuta era uma mulher exuberante, de personalidade forte, decidida, do tipo que não leva desaforo para casa, mas por conta de uma travessura de Carreirinha (Matheus Nachtergaele), também afilhado dela, que acaba roubando um carro no rodeio de São José do Rio Preto, achando que era o carro de outra pessoa, ela fica sozinha, sem ninguém para levá-la de volta para a fazenda.  Como se não bastasse isso, começa a chover, um verdadeiro temporal. A viúva começa a chamar por suas afilhadas para que alguém pudesse ajudá-la. Porém todos já haviam ido embora. Foi nesse momento que Dinho (Murilo Rosa) a avistou e num gesto rápido retirou sua jaqueta, colocou nela e em um abraço a protegeu. Por segundos eles ficaram ali abraçados, Dinho não podia acreditar que aquilo estava acontecendo e não se contendo foi aproximando sua boca na dela, até que a paixão de Dinho e a atração física de ambos falou mais alto e eles se beijam. 


Um beijo com total entrega dos dois. Logo após o beijo Dinho tentou desculpar-se e diz que aquilo nunca mais aconteceria, mas Neuta o calou e o beijou novamente e este beijo selou aquela paixão.  Neuta vai embora inebriada e Dinho fica ali na chuva comemorando a realização de um grande sonho. 
Depois desse dia, Neuta e Dinho vivem momentos lindos juntos. Escondidos de todos eles começam a se encontrar em diversos lugares, uma hora no carro de Neuta, outras tantas quando Dinho pula a janela da viúva, fazendo com que o peão ficasse cada vez mais apaixonado por ela. 
Porém com o possível reaparecimento de Sinval, marido da Neuta, ela acaba confessando que não havia visto o corpo do marido quando soube da sua morte e que ele também não era o poço de qualidades que ela dizia. Felizmente esse possível reaparecimento foi apenas um golpe de Alex (Thiago Lacerda) que usou da identidade de Sinval, para aplicar golpes no Brasil. 
Neuta enfrentou também o fato de descobrir a homossexualidade de Junior. Tipo de mãe dominadora, ela não dava abertura para as vontades do filho caso fosse contra os conceitos dela. Ela e todos que os conheciam imaginavam que Junior era heterossexual, inclusive ele chegou a se casar e assumir o filho de uma das afilhadas, a Maria Ellis. Junior então se apaixona por Zeca (Eron Cordeiro) que é contratado para cuidar particularmente do boi Bandido. Junior era um exímio estilista, por diversas vezes tentou mostrar para a mãe a sua verdadeira vocação, mas sempre era desencorajado por ela, que entusiasmada tentava colocá-lo nos afazeres da fazenda. Quando Neuta descobre a opção sexual do filho, seu mundo praticamente vem ao chão, abalando, inclusive, o seu relacionamento com Dinho. Por fim, com a ajuda de suas afilhadas e de Dinho, ela supera e aceita o filho como ele realmente era. 
No ultimo capítulo, Neuta aparece exuberante, dá o braço para Dinho, e o leva até a pista de dança, ao som da música Os Amantes, na voz de Daniel, eles dançam e escancaram ao mundo a imensidão do amor que ambos sentiam. 

“Qualquer dia, qualquer hora, a gente se encontra seja aonde for pra falar de amor...♪♫”



sexta-feira, 30 de novembro de 2012

"Prêmio 'Governador do Estado' para os melhores do teatro em 84"

Quando um trabalho é bem feito, merece ser premiado, pois bem, Eliane recebeu por muitas vezes, prêmios por seu maravilhoso trabalho. Dentre tantos, hoje relembraremos o prêmio "Governador do Estado" de melhor atriz, que Eliane recebeu no ano de 1984, quando ainda fazia parte do grupo Pessoal do Victor.
A matéria que segue é do jornal "O Estado de São Paulo" e data de 12 de dezembro de 1984. 


"Governador do Estado" para os melhores do teatro em 84.


A partir deste ano os profissionais de teatro voltam a contar com mais um prêmio, o "Governador do Estado". Na semana passada foram divulgados os ganhadores na área de cinema e ontem o secretário de Cultura do Estado, Jorge Cunha Lima, anunciou os nomes dos melhores do teatro, cabendo à peça “Feliz Ano Velho”, do Grupo Núcleo do Pessoal do Vitor, da Cooperativa Paulista de Teatro, o prêmio de melhor espetáculo do ano. Essa peça está atualmente em cartaz no Rio.


Os demais premiados são: Mauro Chaves, melhor autor, por ‘Cabeça & Corpo,’ que também deu a Eliane Giardini o prêmio de melhor atriz; Paulo Betti foi escolhido o melhor diretor pelo trabalho em “Feliz Ano Velho”, enquanto Adilson Barros foi o melhor ator pelo mesmo espetáculo. Claudia Alencar receberá o premio de melhor coadjuvante em “Quase 84”, e Flávio Império, por sua vez, foi considerado o melhor cenógrafo pelo trabalho em “Chiquinha Gonzada, Ô Abre Alas!”, que completa hoje 450 representações no Teatro Popular do Sesi, além de Maurice Vaneau ter sido o melhor figurinista, por “Oh La La belle Époque”, e Zeca Sampaio e Cristina Serrone os melhores compositores, pela trilha sonora de “Os Amores de Lorca”.

Antonio Carlos Nóbrega receberá menção honrosa por “Maracatu Misterioso”, assim como o Grupo Pon-Kã, por “ Tempestade em Copo d’Agua”, o Grupo Tragoi, por “Édipo Rei”, o Teatro Popular do Sesi por 20 anos de teatro; Augusto Francisco pela cenografia e figurinos de “Os Amores de Lorca”, e Iacov Hillel, pela “ O Dibuk”.

A entrega dos prêmios- um milhão e meio de cruzeiros, mais um objeto de arte criado por Marcelo Nitsche, enquanto os de menção honrosa só fazem jus ao objeto de arte- será na próxima segunda-feira às 21 horas, no teatro Sérgio Cardoso, seguindo por um show, com nome ainda a ser confirmado.

O prêmio 'Governador do Estado' volta a ser entregue depois de cinco anos de ausência. Para a seleção dos que mais se destacaram na área de teatro foram convidados os seguintes nomes: José Eduardo Vendramini, Lizete Negreiros, Ilka Martinho Zanotto e Clóvis Garcia, críticos de 'O Estado', e 'Sábato Magaldi', do 'Jornal da Tarde'.

O último 'Governador do Estado' para a área foi entregue em 79, tendo sido o espetáculo “ Macunaíma”, adaptação de Antunes Filho, o grande vencedor do ano, recebendo não só o prêmio como também todos os outros distribuídos em São Paulo- “Macunaíma” ainda pode ser visto, a peça está em cartaz no Teatro Anchieta, com nova montagem e o mesmo diretor.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Depois de Nazira, Caetana dá o tom.

Entrevista que Eliane concedeu ao jornal O Estado de São Paulo em 2003, quando interpretava Caetana, na minissérie A Casa das Sete Mulheres.

Eliane Giardini brinca com a sorte de só ter beijado homens bonitos em seus últimos trabalhos na TV e comemora o sucesso de sua personagem, mulher de Bento Gonçalves, na minissérie “ A Casa das Sete Mulheres”, da Globo.

Beatriz Coelho da Silva- Repórter



Entre as infelizes personagens de A Casa das Sete Mulheres, Caetana, mulher do herói Bento Gonçalves, vivida por Eliane Giardini, é abençoada pela sorte. Bem-casada, rodeada de filhos, ela espalha ternura e firmeza pela família e ainda provoca suspiros no público masculino, com mais entusiasmo que as reações suscitadas por seu parceiro de cena, o galã gaúcho Werner Shunemman, nas mulheres. Caetana é toda o contrário de Nazira, da novela O Clone, sucesso anterior de Eliane, por ser frustrada e não ter papas na língua.

Ela se identifica com Caetana, mas adorou Nazira - papel que lhe garantiu o prêmio APCA, da Associação Paulista dos Críticos de Arte, como melhor atriz de 2002. - “Era uma palhaçada só, um divertimento”, Lembra. Eliane recebeu o 'estado' em casa, na Barra da Tijuca, cercada de floresta por todos os lados. Nesse ambiente tem-se a impressão de que a única coisa que a incomoda atualmente é o aplique que alongou seus cabelos até a cintura e a deixou mais sensual, mas definitivamente não combina com o verão carioca.


Estado: A Caetana é uma mulher completamente realizada, enquanto a Nazira, sua personagem anterior, era só frustração. Qual das duas é como você?

Eliane Giardini- Nem uma nem outra porque a gente é sempre um pouco de cada coisa. Adoro a Caetana porque ela tem tudo: amor, é o arquétipo da mãe, boa fêmea e não é a boazinha chata. Só que, na minissérie, ela é idealizada porque a relação da Caetana com o Bento Gonçalves não foi como estamos mostrando. Eles viveram uma historia de muito amor e pouco cotidiano. Imagine que ele teve 50 filhos com outras mulheres e só aparecia em casa de vez em quando para fazer mais um com ela.
A Nazira também foi ótima porque era muito divertida e o público se identificava com seu jeito franco de não ter papas na língua. Era uma farra. Quando a gente se juntava no cenário do Antonio Calloni e da Letícia Sabatella era um divertimento, uma palhaçada só. Agora, eu me identifico mais com a Caetana até por minha história pessoal, por ter o lado afetivo suprido e me sentir realizada com o que faço.


Estado: Mas o sucesso demorou a chegar para você, não foi?

Eliane: É engraçado porque tive uma boa carreira no teatro, mas na televisão demorou, só veio aos 40 anos, com a Dona Patroa, de Renascer. Na época, eu me sentia meio frustrada, mas hoje acho que as coisas aconteceram na hora certa. No momento em que minhas filhas (Juliana, de 26 anos, e Mariana, de 22, do ator Paulo Betti) mais precisaram de mim, eu tinha tempo para elas, pois trabalhava á noite. Agora que passo o dia inteiro gravando, elas já são adultas e não dependem da minha presença. Quando penso naquele período, acho que foi um dos mais ricos da minha vida porque foi quando eu mais estudei, me aprimorei, fiz analise e me preparei para o que aconteceu de bom depois.


Estado: Você disse há pouco que tem o lado afetivo suprido. Você está namorando ou está só?

Eliane: Eu me referi á minha vida familiar, que é estável, junto com minhas filhas, que só me preocupam dentro do que é normal, pois quero vê-las realizadas. Mas não estou namorando, não. Nem dá tempo porque estou trabalhando demais. De segunda a sábado, passo o dia inteiro no Projac (Central de produção da Rede Globo) e domingo fico para cuidar da vida pessoal.


Estado: Como é o seu entrosamento com o Werner Shunemman, seu marido na minissérie?

Eliane: É ótimo. Eu vejo acontecer com ele o mesmo que ocorreu comigo quando fiz a Dona Patroa, inclusive ele tem a mesma idade que eu tinha na época,  está na faixa dos 40 anos. Como eu, ele tinha uma sólida carreira de ator, mas ainda não tinha provado esse lado pop do sucesso, que é a fama. É uma mudança brusca, que traz 90% de coisas boas e 10% de coisas chatas. A gente se deu bem desde o inicio, a começar por essa identificação. E ele é um ator muito talentoso, fica fácil contracenar assim.


Estado: As outras mulheres não ficam com inveja de você estar fazendo cenas quentes e beijando o galã do momento?

Eliane: Realmente, essa química entre a gente funcionou em cena, mas ninguém faz esse tipo de comentário. É normal haver cenas assim numa novela ou minissérie. Aliás, tenho dado sorte. Em Os Maias, eu era a madame Gouvarinho, amante do Eduardo, personagem do Fábio Assunção. Em O Clone, meu par romântico era o Raul Gazolla. Ou seja, nos últimos três anos, só tenho visto olhos verdes passarem pela minha frente.


Estado: Você também desperta suspiros no público masculino. Como faz para manter a forma?

Eliane: Eu tento fazer ginástica e comer as coisas certas, mas agora não tem dado tempo. Na verdade, a televisão engorda a gente um pouco. Estou com 55 quilos e acho que este é um peso legal.



domingo, 25 de novembro de 2012

Participação dos Modernistas em JK

E a minissérie JK (exibida em 2006 e recentemente reprisada no canal Viva) contou com a participação especialíssima de atores de Um Só Coração (2004), que reviveram Tarsila do Amaral (Eliane Giardini), Oswald de Andrade (José Rubens Chachá) e Mário de Andrade (Pascoal da Conceição). 

A participação dos atores deu-se no segundo episódio da trama, quando da passagem dos artistas modernos em Minas Gerais, no período chamado de "Descobrimento do interior do país", em que eles buscavam inspirações para suas obras, conforme aponta a fala de Tarsila:  

"Em Minas eu estou descobrindo o Brasil. Aqui eu encontrei as cores que eu amava quando eu era pequena, mas ensinaram-me que elas eram feias, caipiras... me refinaram o gosto e eu acabei perdendo aquilo que eu mais amava: o verde berrante, o amarelo cantante... esse azul puríssimo e o rosa desavergonhado (risos) e estas formas tão... tão profundamente nossas."

Segue vídeo da cena:





quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Relembrando "A memória da água"

Eliane encenou ao lado de Andréa Beltrão e Ana Beatriz Nogueira a peça "A memória da água". Relembramos esse espetáculo através da Matéria publicada no 'Jornal da Tarde' no dia 11 de janeiro de 2002, Caderno C - Variedades.


Três irmãs abertas para balanço


Andréa Beltrão, Eliane Giardini e Ana Beatriz Nogueira são estrelas de “A memória da água”, peça da inglesa Shelagh Stephenson, que mostra três irmãs reunidas para organizar o velório da mãe e, principalmente, prestar contas com um passado diferente para cada uma delas.
André Nigri – Jornal da Tarde


    “Eu acho que as suas memórias não são as mesmas que as minhas” diz uma das irmãs na peça “A memória da água”. No texto da autora inglesa Shelagh Stephenson, cada uma das protagonistas possui uma versão diferente do passado, embora as três irmãs tenham crescido juntas na mesma casa.

    No começo da peça que  estreia em São Paulo hoje- depois de uma temporada de sucesso no Rio- elas estão reunidas para organizar o funeral da mãe na casa onde passaram a infância e a adolescência. Ali elas dão inicio a uma espécie de balanço emocional de suas vidas provocado pela morte de sua mãe, elemento que as mantinha unidas. 

    É esse, em resumo, o enredo de “A Memória da água”, a mais recente montagem dirigida pelo carioca Felipe Hirsch- autor e diretor entre outras, A Vida é cheia de Son & Fúria, inspirada no romance Alta Fidelidade”, de Nick Hornby.

    Mais uma vez Hirsch recorre a um texto estrangeiro para investigar os caprichos da memória e o uso que dela as pessoas fazem para reconciliar-se com o passado e restaurar o equilíbrio no presente.

    Em cena Andréa Beltrão é o destaque do elenco no papel de Maria, uma médica neurologista de 38  anos, inteligente, fria e que mantém um caso com um colega casado. Por seu desempenho a atriz foi indicada para os prêmios Governador do Estado e Shell.

    Maria, a filha mais sensível à desestrutura familiar, foi o maior desafio de sua carreira: “Jamais fiz um personagem com tamanha densidade. Pensava que não ia conseguir”.

     Se Maria é a irmã visitante, Teresa, vivida por Eliane Giardini, é a residente, a que nunca se afastou da cidadezinha à beira-mar onde nasceu. Ficou para cuidar da mãe e tocar um casamento em crise. É, das três, a que retém mais vivas as lembranças da casa, mas é a menos bem-sucedida.

     Completa o triângulo Catarina (Ana Beatriz Nogueira), a caçula rebelde, incomunicável em seu discurso de “patinho louco” da família.
     
     Se a memória é tema recorrente no teatro de Hirsch, alguns elementos cênicos já utilizados por ele estão de volta em “A Memória da Água”. Uma tela transparente separa o palco da plateia provocando o efeito de uma neblina no olhar, assim como a projeção de imagens com influências de Stanley Kubrick e Ingmar Bergman.


     A água não está apenas presente no título. Sua presença é constantemente evocada. Uma das personagens explica que a água é um elemento capaz de reter, como uma fita magnética, os agentes com que entra em contato quando se registra uma mistura.
      
     Mas ao mesmo tempo a água é sempre uma ameaça por sua força diluidora e destrutiva. Como metáfora e como presença real, os personagens estão ameaçados. A casa onde preparam o cadáver da mãe para a cremação está rachando, e como está debruçada em um penhasco sobre o mar, seus alicerces podem ser derrubados pela força das ondas. 

Eliane Giardini compara seu personagem na peça "Édipo Rei" com romance de Muricy em "Avenida Brasil".


As semelhanças entre suas personagens mais recentes vêm divertindo Eliane Giardini (60). A atriz, que semana passada estreou a tragédia Édipo Rei, de Sófocles, no papel de Jocasta, no Espaço Sesc, Zona Sul do Rio, admite que acha graça por estar às voltas com amores mais jovens pelo segundo trabalho seguido. “Agora, em vez do Divino, estou em Tebas, na Grécia. (risos) Eu acho ótimo viver tipos que têm parceiros mais novos.  Os dois trabalhos são fortíssimos. Jocasta é visceral e intensa”, contou, citando a novela Avenida Brasil, encerrada mês passado, em que seu personagem, Muricy, teve um romance com o garotão interpretado porJuliano Cazarré (32).
No clássico grego, a rainha Jocasta, figura que mescla maternidade e sexualidade — como a fogosa Muricy —, casa-se com seu filho Édipo, depois que este assassina o próprio pai. Paulo Betti (60), exmarido da atriz, falou com empolgação do trabalho. “Eliane me emociona, tem maturidade e compreensão do que está fazendo em cena. Fico feliz de vê-la atuando em texto de tamanha envergadura”, elogiou.

Fonte: Caras Online

sábado, 17 de novembro de 2012

Trends Brasil: 16.11.2012

   Tuiteiros relembram a saudosa trama das 21h, Avenida Brasil. 
   Na noite da última sexta-feira, tuiteiros comentaram a respeito de o que estaria acontecendo no capítulo da trama de João Emanuel Carneiro e utilizaram a hastag, acentuada no print abaixo, para tecer comentários acerca da novela e seus personagens. A Família Tufão foi lembrada através das fugidinhas de Muricy (Eliane Giardini) e Leleco (Marcos Caruso). Só saudades agora! ;)


terça-feira, 13 de novembro de 2012

Crítica à peça Édipo Rei, por Hildegard Angel

Começaram a sair as primeiras críticas.... Vamos à elas!
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ÉDIPO REI, NO TEATRO DO SESC, UM PROGRAMA QUE RECOMENDO

Por Hildegard Angel

 

     Fui assistir ao Édipo Rei no teatro do Sesc, em Copacabana…
    A tragédia grega atravessa séculos, milênios, e não perde a densidade. Ganha. Mesmo com a morte se tornando rotineira. Mesmo com os horrores da guerra, os massacres, os fornos crematórios, as fossas coletivas, bombas atômicas, guerras bacteriológicas, perseguições religiosas, dizimações étnicas, indescritíveis torturas e monstruosos suplícios ao longo de todos os séculos, com todos os horrores que a espécie humana consegue conceber e produzir, os “micro-ondas”, as mais vis máquinas de tortura e de morte, com as ditaduras, Guantanamo, os paredões, as indignidades, infâmias e blasfêmias. Mesmo com todos os morticínios, de todas as épocas da Humanidade, a tragédia grega se mantém de pé com seu impacto, é incomparável em sua essência dramática, fere-nos no mais fundo de nossa dor…
    Montá-la é sempre um grande passo na carreira de qualquer produtor. Interpretá-la, o mesmo, na de um ator…
   Nós, público, temos que agradecer, cada vez que isso acontece, pela oportunidade de voltar a estar, como desta vez, com o texto de Sófocles…
    Gustavo Gasparani, intérprete do papel-título, ousou também a coragem da montagem. Minhas entusiasmadas congratulações pelos dois aspectos…
    Amir Haddad compõe um Tirésias, o adivinhador, que vem do âmago, não só dos sentimentos, como da vivência do verdadeiro e grande homem do teatro…
    Eliane Giardini, que grande Jocasta! No físico e no desempenho. Enche a arena com sua verdade e sua intensidade. Boa atriz não tem discussão. E importante: a novela ficou pra trás…
    O Arauto Thiago Magalhães despeja o relato da tragédia acontecida nos bastidores, e cada átomo da plateia do teatro de arena fica paralisado, escutando. Visualizando. Desencumbe-se muito bem…
    O Corifeu, Fabiana de Mello e Souza, o Creonte, César Augusto, o impecável Rogério Fróes, impressionante como o Pastor, o Emissário Petro Mario Biogianchini, um elenco absolutamente harmonioso e bem sincopado. Até mesmo Louise Marrie, a Antígona, e Ismênia, Nina Malm, sem falas, se saem bem em sua ação silenciosa e expressiva. São presenças muito belas, todo o tempo em cena…
    E já que estou com o elogiômetro solto, pois o espetáculo a isso inspira – não à toa o diretor Eduardo Wotzik desfruta do alto conceito que tem (vão assistir e concordarão comigo): Figurinos de Marcelo Olinto, cenografia Bia Junqueira, iluminação Quinderé, direção musical Marcelo Alonso Neves, visagismo de Uirandê Holanda, em tudo há cuidado e esmero. Sófocles, em excelentes companhias…
    Felipe Antello e Murilo O’Reilly, os músicos, na percussão envolvente, desde o instante em que pisamos no teatro, ao som dos tambores prenunciando o trágico….
    O programa, muito bem realizado, traz fotos do talentoso Murillo Meirelles. Uma produção cuidada, com patrocínio da Eletrobrás, que há tempos se notabiliza pelo prestígio ao teatro nacional…
    Reparo: alguns atores devem aumentar o volume da voz. Nos dias atuais, é alta a faixa etária das plateias, as pessoas não escutam a mesma coisa, não tem sentido os atores não se esforçarem em articular bem e projetarem vogais e consoante com clareza. Só isso…
     Depois, eu e meu grupo fomos curtir o after play na Fiorentina superlotada. O garçom me confidenciou que àquela hora a casa já devia ter atendido a mais de 1.500 clientes. A Fiora (apelido carinhoso) é assim: a noite acaba nunca…
    A horas tais, entrou na pizzaria o elenco do Édipo, com Eliane Giardini à frente. Era mais um cast carioca à bordo. E Catito Perez, o proprietário, me revelou: “Este mês estamos completando 500 espetáculos”. Tradução: desde que foi reaberta pelo Catito há 15 anos, já são 500 espetáculos que a casa contempla com seu patrocínio, leia-se boca livre total para todo o elenco e a técnica ao longo de toda a temporada que estiverem em cartaz. E não são apenas os espetáculos com artistas famosos. Também as peças de teatro amador são contempladas…
   Não espantam os 1.500 clientes atendidos naquele dia. O bem que se faz a nós retorna. Nessa “lei da natureza” acredito. Aquele lance da energia positiva que atrai efeitos positivos. E o mesmo quando se trata de energia ruim…
   E assim vai longe o nosso Catito, Catito, Catito mio. Catito nosso. Que naquela noite jantava com o Heraldo Pereira e a bela mulher do jornalista, e contava a ele sobre seus planos para a casa de pedra da Avenida Atlântica, que ele comprou e quer transformar num hotel de charme como o Rio de Janeiro jamais viu. E está precisando…

Link: [Aqui]





 

Crítica à peça 'Édipo Rei'

Começaram a sair as primeiras críticas.... Vamos à elas!

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Nossa Jocasta Eliane Giardini, está perfeita... 
 

     Nossa Jocasta em Édipo Rei está superior. Não percam.... No teatro do Sesc, em Copacabana… A tragédia grega que atravessa séculos, milênios, em nossos dias: morte rotineira, a guerra, os massacres, fornos crematórios, bombas atômicas, guerras bacteriológicas, perseguições religiosas, dizimações étnicas, torturas, ditaduras, paredões, indignidades, infâmias, blasfêmias, morticínios...... tal e qual a tragédia grega.... 
    Gustavo Gasparani é o intérprete do papel-título, e responsável pela montagem; Amir Haddad, o Tirésias adivinhador, grande homem do teatro; o Arauto Thiago Magalhães  relata a tragédia para a plateia do teatro de arena muda, admirada; Corifeu, Fabiana de Mello e Souza, Creonte, César Augusto, Rogério Fróes como o Pastor, o Emissário Petro Mario Biogianchini, elenco perfeito. 
    O diretor Eduardo Wotzik impecável; Figurinos de Marcelo Olinto, cenografia Bia Junqueira, iluminação Quinderé, direção musical Marcelo Alonso Neves, visagismo de Uirandê Holanda, Felipe Antello e Murilo O’Reilly, os músicos, na percussão..... os tambores impressionam….
    No programa, fotos do Murillo Meirelles.
    Não percam....


Link: [Aqui]





sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Na boca de cena com Eliane Giardini


Mês de novembro será marcado por grandes estreias no teatro carioca. Um dos espetáculos mais aguardados pelo público e pela classe artística é “Édipo Rei”, o clássico da tragédia grega é dirigido por Eduardo Wotzik. No elenco uma das mais belas e talentosas atrizes brasileiras: Eliane Giardini. Em entrevista exclusiva para o Rio No Teatro a atriz que começou a brilhar nos palcos com 17 anos fala sobre carreira, sucesso, comédias e dramas. Após seis anos afastada dos palcos Eliane volta em grande estilo. Desliguem seus bips e aparelhos celulares. O show já vai começar



RNT:  Como foi o inicio de sua carreira? Quando decidiu que queria ser atriz?
Eliane Giardini: Minha vontade de ser atriz nasceu no camarim de um teatro em Sorocaba onde ia com minha amiga Salete ver os ensaios de peças amadoras onde seu pai era ator. Éramos adolescentes e não podíamos ficar na plateia. Acompanhávamos os ensaios e depois as peças já estreadas sempre do camarim ou da coxia. Ali alimentei o sonho e nenhuma outra profissão me parecia mais sedutora. Tive sorte. Aos dezessete anos, meu tio Solha, resolveu fazer um filme onde morava e mora até hoje,  na Paraíba. Lá fui eu fazer o filme e confirmei minha intuição sobre a profissão escolhida. Quando voltei, fui convidada por Roberto Gentil, um diretor sorocabano para fazer uma peça. Nessa peça, conheci Paulo Betti e juntos decidimos fazer a Escola de Arte Dramática em São Paulo.

RNT:  Dos palcos para a TV. O que mudou em sua vida?
Eliane Giardini: Vivemos em um país onde a TV tem uma enorme importância. Confesso que quando comecei  não era a TV que me chamava a atenção, mas com o passar do tempo, vimos esse veículo crescer, apostar nos talentos, nos dramaturgos, nos atores  e é o que temos hoje. Uma TV grandiosa, capaz de se equiparar ao que de melhor se faz em todo mundo. É muito raro hoje termos um grande artista que não faça parte do cast de uma grande emissora.

RNT: De São Paulo para o Rio de Janeiro. Como foi esse período de transição?
Eliane Giardini: Vivi em São Paulo, capital, por dez anos e minha mudança para o Rio de Janeiro foi muito feliz. Vim com minha família, cachorro e papagaio. Nos estabelecemos nessa linda cidade, cheia de luz, de cores e fomos, temos sido muito felizes aqui.

RNT: Comédia ou drama?
Eliane Giardini: Opto por um bom trabalho, grandes dramas ou grandes comédias são bem vindas.

RNT: Das personagens que fez qual sente mais saudade?
Eliane Giardini: Sinto que poderia ter dado mais anos de vida à Tarsila do Amaral. Ainda é um projeto.

RNT:  Uma personagem dos sonhos…
Eliane Giardini:  A personagem do momento é como estar apaixonada. Não cabe mais nada nem ninguém.

RNT:  O que podemos esperar em “Édipo”. Teremos a montagem clássica ou muitas surpresas estão por vir?
Eliane Giardini: É a montagem do texto clássico, não teremos nenhuma aproximação ou roupagem que nos remeta à atualidade.  Pelo contrário, fizemos uma viagem à ancestralidade, às nossas origens, ao que há de mais tribal em nossa memória.  Sófocles  criou uma obra prima, uma estória que pertence ao Tempo, que hoje,  tem a mesma  atualidade que tinha na época em que foi escrita. Assista e verá.

RNT:  Como foi o trabalho de composição de sua personagem neste espetáculo. E como surgiu o convite de atuar com Gustavo Gasparani.
Eliane Giardini: Fizemos um trabalho arqueológico, descascamos camadas e camadas de significados e entendemos que esse trabalho não tem data para terminar, nem com a estreia. Gustavo me chamou para esse trabalho e eu considerei um convite irrecusável. Não fazia teatro há seis anos, e voltar ao teatro com esse texto, com esse elenco, com esse diretor, uma alegria.

RNT:  Da Tv para os palcos...Qual a diferença dessas linguagens para a atriz Eliane Giardini?
Eliane Giardini: É sabido que a TV usa e precisa de muita naturalidade. Mas inúmeras vezes, a teatralidade encontra seu lugar na TV, como aconteceu em meu trabalho mais recente, Avenida Brasil, onde senti claramente que a amplitude que vinha conseguindo no teatro, me ajudava a dar contornos mais dramáticos ao personagem na TV.

RNT: Uma dica para quem está começando a carreira
Eliane Giardini: Sempre fazer uma boa escola, dar-se tempo para estudar, ver espetáculos, se atualizar, ler muito, o investimento é sempre proporcional ao resultado nessa profissão.

RNT:  Um recado para seus fãs aqui do Rio No Teatro.
Eliane Giardini: Venham todos ao Espaço SESC. É imperdível!!!!

Fonte: Rio no Teatro

Bate-papo com Eliane Giardini - Boca de cena

Após o sucesso em 'Avenida Brasil', atriz vive Jocasta




Do fíctício subúrbio do Divino para a Grécia Antiga. Depois de fazer um enorme sucesso como Muricy no fenômeno de teledramaturgia “Avenida Brasil”, Eliane Giardini agora encara um desafio bem diferente. Depois de ficar longe dos palcos por cinco anos, a atriz acaba de estrear o espetáculo “Édipo Rei”, com direção de Eduardo Wotzik. Em cena, ela vive Jocasta, viúva que se casa com Édipo quando ele se torna rei de Tebas, sem saber que é seu filho.

Direto de 'Avenida Brasil' para uma tragédia grega. Como foi essa mudança?
Um grande desafio. Em todos os níveis, desce conciliar horários de gravações com ensaios, até o de alternar os registros para cada interpretação.

Você tinha desejo de interpretar um personagem clássico?
Sempre tive essa vontade, mas ainda não tinha surgido a oportunidade. Encenar um clássico é uma empreitada. Precisa de excelentes atores, diretor refinado, uma produção que dê conta de tanta gente em cena e fora dela. Por isso, quando Gustavo me convidou, vi que havia chegado a hora.

Como você se preparou para viver Jocasta?
Primeiro por uma abordagem mental, de compreensão do texto, de leitura de outras peças afins, outras tragédias que abordam a lenda de Édipo. Também vi filmes e busquei referências visuais, como “Édipo Rei” de Pier Paolo Pasolini (1967).

Há um peso maior por interpretar um dos grandes papéis femininos da história do teatro?
Acho que é o momento certo para esses desafios. Tenho que tentar esses voos mais altos para me reinventar, sair de uma zona de conforto.  É o que nos mantém alertas, atentos, atualizados.

Você ficou cinco anos sem fazer teatro. Porque ficou tanto tempo afastada? Como está sendo esse retorno?
Porque acabei emendando muitos trabalhos na TV. Trabalhos irrecusáveis. Mas é chegado o momento de alternar essas experiências. Televisão, teatro e cinema estão na minha faixa de interesse. Há muito por fazer, preciso administrar meu tempo para dar conta.

Fonte: Globo Teatro

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Cena de nudez na minissérie constrange casal de atores

por Julio Gama para o Jornal Estado de São Paulo - Caderno Telejornal - 04 de Dezembro de 1994

Pela primeira vez Paulo Betti e Eliane Giardini fazem marido e mulher na TV 


Casados há 20 anos, Paulo Betti e Eliane Giardini viveram uma experiência constrangedora durante as gravações da minissérie Incidente em Antares, em que interpretam, pela primeira vez na TV, marido e mulher. A cena: Cícero Branco (Paulo) flagra Eleutéria (Eliane), nua na cama, fazendo amor com um jovem de 18 anos. “Se fosse um ator estranho eu ficaria à vontade, mas fiquei constrangida pelo fato de ser o Paulo”, conta Eliane.
Na sequencia da cena, Cícero Branco, um dos mortos insepultos, entra vagarosamente na casa enquanto ouve os rangidos da cama e os gemidos do casal. “Mesmo sabendo que o roteiro pedia a nudez, eu tentei gravar de camisola”, revela a atriz. Mas o Paulo José (diretor) disse que a cena perderia a força.”


Sem controlar o riso, Eliane lembra que as gravações foram demoradas e que o marido não disfarçou o nervosismo. Às vezes, ele dava uma espiada no quarto cenográfico onde Eliane esperava o momento de gravar. “Ele ficava meio sem graça porque sabia que nós estávamos pelados ali”, conta Eliane. E admite ironicamente que estava “em situação melhor do que a dele”. A atriz garante nunca ter se incomodado com as cenas de sexo que Paulo já fez no cinema. “Mas é diferente quando não se está perto”.
Mas cenas como essas não abalam o bom humor do casal. “Vivemos com grande tensão sem o ‘n’”, brinca Paulo. O ator admite que tremeu nas gravações, mas (modéstia dele!) por um motivo diferente: o elenco estelar da minissérie. “Você não pode sair interpretando assim sem mais nem menos na frente da Fernanda Montenegro”, diz.
Paulo Betti considera Fantástica a oportunidade de trabalhar com Carlos Manga, diretor artístico da minissérie e com Paulo José, diretor de cena. Sete quilos abaixo do peso normal - ele perdeu 15 para viver no cinema o guerrilheiro Carlos Lamarca, em Lamarca, de Sérgio Rezende, o ator começa a gravar no dia 12 outra minissérie Engraçadinha, Seus Amores e Seus pecados, de Nelson Rodrigues, tem previsão de estreia para abril, na Globo. Bons textos adaptados de grandes obras literárias e produção esmerada são os motivos que fazem Paulo preferir minisséries a novelas.  


terça-feira, 30 de outubro de 2012

Peças no Rio lançam novos olhares sobre tragédias gregas.



Édipo Rei



Eduardo Wotzik, que transitou pelo campo da tragédia na montagem de "Troia", concretiza o desejo de montar "Édipo Rei".No princípio do teatro, da psicanálise, do direito, Sófocles diminuiu a relevância do coro, inserindo a poesia dentro da ação, e aumentou a do cenário. Trata-se de um thriller com uma trama bem armada", diz Wotzik, sobre a montagem que chega ao Espaço Sesc no dia 8/11 com elenco formado, entre outros, por Gustavo Gasparani, Eliane Giardini, Amir Haddad e Rogério Fróes.
 "É uma peça que promove um mergulho arqueológico " - Diz Eduardo Wotzik sobre 'Édipo Rei'
O projeto de montagem começou em 2007, em parceria com Gasparani. A partir daí, surgiram leituras, oficinas e workshops diretamente ligados a essa tragédia escrita em 427 a.C. e centrada nos desdobramentos da profecia que revela que o destino de Édipo é matar o pai e casar com a mãe. Para evitar essas previsões, Édipo se afasta de Corinto em direção a Tebas. No caminho, mata um viajante sem saber que se trata de seu pai, Laio. Já em Tebas, recebe de Creonte a mão de Jocasta, viúva de Laio - sua mãe, portanto.


"Édipo Rei"
Espaço Sesc Copacabana (Rua Domingos Ferreira, 160, RJ). Tel. (21) 2547-0156. De R$ 5 a R$ 20. Qui. a sáb. (21h); dom. (19h30).



sábado, 27 de outubro de 2012

“M” de Mulher


    Caetana sintetizava a alma feminina, diz Eliane Giardini sobre sua personagem, a valente mulher de Bento Gonçalves.

   Das mulheres da casa, Caetana foi a que ganhou vida com mais rapidez na imaginação de Jayme Monjardim. Para o diretor, o papel da bela e fogosa mãe dos oito filhos de Bento Gonçalves só poderia ser de Eliane Giardini. Paulista de Sorocaba e formada em teatro pela Escola de Artes Dramáticas da USP, a atriz conheceu seus maiores sucessos depois de um longo período de reclusão, enquanto criava as duas filhas. Desde a dona Patroa, de Renascer (1993), coleciona personagens fortes, como a Lola de Explode Coração (1995), a Nazira de O Clone (2002), e a Neuta de América (2005). No cinema fez Uma Vida em Segredo, de Suzana Amaral (2001), e Olga, de Monjardim (2004).

Quem é Caetana?

Eliane Giardini: A Caetana foi construída nos moldes da mulher com M maiúsculo. Forte, batalhadora, amorosa, amante, boa mãe e boa esposa. Um coração ardendo sempre voltado para as necessidades da família. Uma mulher saudável e feliz.

Como você se preparou para ser a “Uruguaiana”?

Eliane Giardini: Sempre tenho uma abordagem de fora para dentro, lendo bastante as falas, procurando os sinais da personalidade, seus interesses, para depois me soltar no momento da gravação. Quanto ao sotaque, optamos pela leveza: apenas algumas palavras aqui e ali para pontuar sua origem.

Qual foi o maior desafio da série para você?

Eliane Giardini: Foi um trabalho coletivo. As mulheres compunham um painel emocional, como se cada uma fosse um instrumento com uma sonoridade específica, mas sempre dentro de um conjunto. Isso exigia uma acuidade ao coletivo. Cada uma procurava seu sinal característico, mas em harmonia com todas as outras.


O que você lembra das gravações?

Eliane Giardini: Minhas melhores memórias são dos 3 ou 40 primeiros dias, em São José dos Ausentes (RS), com um  frio de cortar e uma paisagem deslumbrante. Ali, com as roupas de época, na casa das sete mulheres, eu sentia que a Caetana, por alguns momentos se colocava em mim.

A que você atribuiu o êxito de público de A Casa das Sete Mulheres?

Eliane Giardini: Acredito que, quando se conta uma história como a Guerra dos Farrapos, é um ganho saber que foram pessoas que a fizeram, por que a fizeram e quais respostas encontraram. Em minha experiência, tudo o que vi em cinema ou TV e traz essa humanidade inserida nos enredos tem um impacto maior e dura mais em minha memória. Gosto em particular das séries com um enfoque histórico, embora ficcionado. Além do prazer de contar uma bela história, estamos relembrando a história do nosso país. Na maioria dos casos, pela primeira vez para o grande público.

P.S.: por acaso, esta matéria foi encontrada no email. Ela veio apenas com o texto e uma foto, que retiramos e inserimos as que estão agora.