quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Eliane em entrevista à Rádio Jovem Pam


A atriz Eliane Giardini foi entrevistada por José Armando Vanucci e comentou sobre sua atual personagem no teatro a Jocasta, da peça Édipo Rei que está em cartaz no Teatro do Sesc Belenzinho até dia 31 de Março.  Confira, abaixo, trechos da referida entrevista.

"É, a Muricy já ficou no passado. É muito rápido tudo, a vida é rápida demais. Aliás, antes mesmo de estar terminando a novela, eu já estava ensaiando a peça, o Édipo Rei. A Novela acabou dia 19 de outubro e eu estreei  a peça no dia 10 de novembro já aqui no Rio. E logo logo me parece que já vou pra outra novela.”

Eu faço a Jocasta né, que é a mãe do Édipo. A história é uma das primeiras peças de teatro  escritas da Humanidade. Se não for a segunda ou a terceira. É uma obra prima. Uma historia perfeita. Um grande policial, na verdade... uma peça que fala sobre destino, livre arbítrio... a história de um homem que aos 17 anos vai num oráculo, e o oráculo diz que ele vai matar o pai e casar com a mãe... ele, pra fugir do destino, ele foge do palácio, mas ele não sabe que é adotado, e cai exatamente na cidade dos pais dele, onde realmente mata o pai e casa com a mãe.  É uma peça em que o público já fica sabendo antes dos personagens toda a história e fica vendo aquilo se desenrolar e  os personagens irem descobrindo, um a um, que o destino deles está se cumprindo. É muito bonita a peça. A gente tá fazendo uma temporada absolutamente vitoriosa. Desde o primeiro dia, o que foi uma surpresa pra mim. Eu quis fazer uma tragédia, porque eu nunca tinha feito uma tragédia na minha vida, em tantos anos de carreira. Mas nunca pude imaginar que ia fazer um tamanho sucesso, em pleno verão carioca e gente lotou do primeiro dia até o fim da temporada.. E agora nós estamos em São Paulo, acabamos de estrear, ficamos até 31 de março. E parece que vamos repetir o mesmo sucesso que fez no Rio, que é uma maravilha”.

"O público gosta de emoção, né? Gosta de rir, gosta de chorar. Eu acho que tudo aquilo que toca o coração da gente é o que as pessoas querem ver no Teatro, na Televisão, no Cinema, aonde for (...) As pessoas querem ser tocadas, querem se projetar naqueles personagens, viverem àquelas vidas, né?!(...)”


“A tua capacidade de expressão se amplia no teatro, televisão você busca parecer o mais natural possível (...) no palco é o contrário."

“O elenco é uma loucura! (...)  o diretor escolheu um elenco que são remanescentes de grandes grupos de teatro (...) O nosso elenco vai de 16 anos a 80, nós temos 10 pessoas no elenco (...)”
"O teatro tem que ser olhado com mais cuidado (...) É um assunto bem longo, bem complicado.”


Para ouvir a entrevista, acesse: Entrevista Jovem Pan

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Paulo Betti comanda muitos talentos também em casa

Em meio a algumas revistas dos anos 80, encontramos uma matéria em que Paulo Betti comenta sobre seu personagem na novela global e sobre a produção teatral no Brasil. Além disso, há uma foto da época em que ele era casado com Eliane. Achamos interessante e decidimos postá-la aqui. Aproveitem!
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Paulo Betti (o Bruno da novela De Quina pra Lua) está satisfeito com seu personagem e diz que a trama de autoria de Alcides Nogueira vai ganhar mais força agora, com a descoberta do bilhete premiado. Mas não adianta o ator afirmar que esqueceu como será a descoberta porque a filha Juliana não faz segredo “o mendigo descobre o bilhete e o dinheiro fica mesmo com a família de José João (Milton Moraes)”. E nessa corrida do ouro, quem tem uma participação especial é Eliane Giardini, mulher de Paulo, também atriz, vivendo uma noiva em confusa lua-de-mel. Para completar essa família, entra em cena, na atual casa da Barra, a filha mais nova do casal, Mariana.

Os quatro - Paulo Betti, Eliane Giardini, Juliana e Mariana - estão morando há poucos meses no Rio, não só por causa do trabalho do casal de artistas da Globo, como ainda pelos planos que fez quanto ao teatro. Paulo é diretor e autor teatral, entusiasmado por seu trabalho, mas está descontente com a “diminuta” posição do teatro na nossa cultura. “Hoje quem escala o elenco das peças, filmes e novelas de outras emissoras são os diretores da Globo. Isso, por causa da acomodação dos diretores de cinema, teatro e TV, que mamam descaradamente na teta da Globo, que assume assim a responsabilidade de comboio na cultura do país” Faz questão no entanto, de afirmar que não existe agressão alguma pessoal em suas reclamações. “Inclusive, já comentei isso pessoalmente com o Paulo Ubiratan e Daniel Filho. O problema é que a TV tem um poder de mobilização tão grande, influi tanto em nossos padrões, que caba interferindo no teatro”. 

 Apesar de tudo, porém, a família não desiste. E, tanto Juliana quanto Mariana, já demonstram inclinação para a carreira artística. Mariana, mais tímida e mais novinha (cinco anos), apenas acena com a cabeça que quer seguir a profissão dos pais. Juliana afirma com convicção e explica o porquê: “Acompanho minha mãe desde pequenininha ( tem agora oito anos) e acho legal”. Pode ser entusiasmo de criança. Mas a verdade é que, de tanto acompanhar a mãe nos ensaios e temporadas, Juliana se familiarizou com o ambiente dos palcos e camarins e hoje não quer outra coisa.

Reportagem: Wal Ribeiro
Foto: Henrique Viard


Enquete da Semana


Depois de relembrarmos a Uruguaiana Caetana, vamos a mais uma personagem da nossa artista? Desta vez estão no páreo:

Condessa de Gouvarinho x Eva/Esmeralda x Indira Ananda  x Janete


Para votar é muito fácil, basta escolher uma das personagens na enquete ao lado, a caixinha logo abaixo do perfil do blog >>.

Desde já agradecemos à quem participar.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Reviva: Renascer

     O Reviva da semana passada, 11/02, recordou a novela Renascer, sucesso da tevê Globo escrita por Benedito Rui Barbosa. No Programa, atores e o autor comentaram a respeito dos seus personagens e sobre a trama.
   Herson Capri, Eliane Giardini e Tereza Seiblitz falaram a respeito do núcleo em que os três personagens estavam ligados. 
    Segue o vídeo: 


      Vale recordar que foi em Renascer que o talento de Eliane Giardini ganhou espaço na teledramaturgia brasileira. 

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Reviva: Felicidade

       Ontem, 04/02, o Programa Reviva, do Canal Viva, foi sobre Felicidade (91/92), trama de Manoel Carlos, na qual Eliane Giardini deu vida à Isaura, sua primeira personagem na Rede Globo. Segue abaixo o vídeo em que a atriz comenta acerca da sua personagem e da sua estreia na emissora. 


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Eliane em entrevista à Contigo!

Revirando nossos arquivos, achamos essa bela e engraçada entrevista de Eliane à Revista Contigo! quando ela ainda dava vida à Nazira de "O Clone". Confiram e recordem conosco:


"Tenho um lado perua recalcada"
  
A Atriz revela seu lado oculto e conta que usa a Nazira de O Clone, para 
viver a sensualidade que traz em seu inconsciente. 
Às vésperas de completar 50 anos, em Outubro, Eliane Giardini diz que 
está se sentindo uma adolescente. Na ficção, tem ataques de riso na pele da 
hilariante e exagerada Nazira, sua personagem em O Clone. Fora da TV, além de 
comemorar o que considera o maior sucesso de sua carreira, festeja a chegada 
da terceira idade por causa da liberdade que está sentindo. Depois de separar-se 
de Paulo Betti, com quem foi casada por 25 anos, e de ter curtido um namorado 
mais novo, Ernani Júnior, Eliane diz que hoje está feliz da vida. Mesmo solteira. 
“Eu sinto falta sim, de ter uma pessoa para ir ao cinema e ficar tomando um vinho 
depois. Mas não saio para procurar”. Garante. Com as filhas já criadas, Juliana 
de 24 anos, e Mariana de 21, a atriz aproveita o tempo livre para fazer o que bem 
lhe interessa. “Sou uma mulher que se banca. É um momento e uma autonomia 
muito gostosa. Não tenho a preocupação de agradar ninguém”. Só mesmo os 
telespectadores.

Por Josiane Duarte


No início de O Clone, você fez algum comentário sobre o Alcorão que lhe causou problema. O que foi?
Eu falo muito o que penso, sou bocuda, isso é bem tipo de caipira de São Paulo. E o problema é que saí falando sobre a situação da mulher árabe. Mas fui leviana porque disse aquilo fora do contexto. Dizer que a mulher mulçumana não tem liberdade é a mesma coisa que chamar um índio de selvagem. Não se pode isolar um fato de seu contexto. Esse foi um grande aprendizado que tive com essa novela.

Qual a reação das pessoas nas ruas com a Nazira?
A frase que eu mais ouço é: “Nazira, eu caso com você”. É muito engraçado. A Nazira é a caricatura da mulher que está subindo pelas paredes atrás de um casamento. As mulheres podem rir de si mesmas com essa personagem, rir dessa luta desenfreada por achar que elas têm de casar, ter um homem. Se você não se casa, é tida como uma pessoa que sobrou, que encalhou. Mas isso é mais uma imposição social do que uma necessidade real.


Você está solteira, não sente falta de ter alguém?
Sinto um pouco. As pessoas comparam a Nazira, que é louca para se casar, a mim, que estou solteira. Mas o ser humano vai em busca do que não teve. Eu tive um grande casamento, uma história inteira que durou 20 e poucos anos. Hoje, não me mobilizo para ter um outro casamento. Eu sinto falta, sim, de ter uma pessoa para ir ao cinema e ficar tomando um vinho depois. Mas não saio para procurar.

Você é mais caseira, não gosta de badalação?
Sou muito caseira, sempre fui muito cobrada por isso e ouvi que eu era uma atriz que tinha talento, mas não tinha vocação. Justamente porque nunca gostei de fazer exposição da minha figura! (risos) Eu odiava fazer social, ir para festas. No começo de carreira a gente precisa fazer isso para as pessoas nos conhecerem. Hoje, só vou para lugares onde quero estar mesmo.

Você faz 50 anos em outubro. Como encara a ideia de chegar à terceira idade?
Soa mal, pesado. Por um tempo, até menti a idade, mas dá um trabalho danado! Comecei a fazer confusão, porque falava que tinha 40 para um e 42 para outro deu um nó na minha cabeça. Embora seja assustador dizer que vou fazer 50, ainda estou gatinha, bonitinha e idade não me impede nenhuma limitação. Quando minha avó tinha 50, parecia final de vida. Eu me sinto leve, inaugurando uma segunda adolescência. “Nem presto atenção para o assédio, não é uma cantada que vou admirar alguém. Por isso, cantada para mim é como uma cosquinha.”

Como Assim?
Até os 30 anos, é meio consenso que você tem que se casar, ter filhos, conseguir um emprego. Depois disso, tudo fica meio solto. Agora, seria de se esperar que eu ficasse em casa, com meu marido ou sem ele, esperando os netos chegarem. Mas eu me sinto uma adolescente. Com a vantagem de não ter as dores de cabeça daquele tempo, em que temos um mundo á nossa frente e não sabemos se vamos dar certo ou não. Agora, posso curtir a liberdade.

E o que você faz com ela?
Escolho se quero ir a uma festa, viajar ou ficar em casa vendo um vídeo. Sou uma mulher que se banca. É um momento com uma autonomia muito gostosa. Faço o que quiser, na hora em que tenho vontade. Não tenho mais preocupação em agradar a ninguém. Se vou a uma festa que está um saco, espero cinco minutos e vou embora. Se quiser, passo o resto da minha vida sem namorar.

Mas você deve ser muito assediada, não?
Não sou e também nem presto atenção sobre isso. Sei que, para eu me apaixonar por uma pessoa, tenho de admirá-la. Então, não é numa cantada que vou admirar alguém. Por isso, cantada para mim é como uma cosquinha, nem registro.

Você chegou a receber alguma cantada engraçada por causa da Nazira?
Recebi há pouco tempo. Ganhei um vaso enorme de renda portuguesa. Foi a coisa mais inacreditável que já ganhei! No cartão, o cara pedia para eu telefonar porque ele estava apaixonado. Na rua, é hilariante. Aonde eu vou, as pessoas olham para mim e fazem aquele movimento com as mãos (imitando as árabes). Outro dia, uma van passou por mim e estavam todos os passageiros com os braços para fora dançando!

Você ri com a Nazira?
Morro de rir sozinha lendo os capítulos. As cenas mais engraçadas são as que faço com o Mohamed. Já tive de parar a gravação porque eu e o Calloni não conseguíamos parar de gargalhar.

É sempre bem-humorada?
Sou de riso frouxo. E não deixo o mau humor correr solto. Respeito as pessoas. Acho sacanagem acordar mal-humorada e sair distribuindo peteleco em todo mundo pela frente.

E o que a tira do sério?
Odeio quando algum aparelho eletrônico pifa na minha casa, porque é algo que não sei consertar. E vão me cobrar uma fortuna. Ainda mais porque sabem que eu sou atriz, moro numa casa boa. Todo mundo quer levar vantagem. Isso me tira do sério. Outra coisa que me tira do sério é sentir medo.

E de que você tem medo?
Tenho pavor de fantasma fazer contato comigo! Uma vez, entrei em pânico porque estava assistindo a um filme e apareceu uma mulher morta. Eu estava sozinha em casa. Ficava toda hora olhando para trás, para ver se tinha alguém. Ai comecei a gritar “Não estou preparada para contato o.k?” Parecia uma louca! (risos). Devo ter esse medo de tanto brincar em cemitério na infância.

Como foi isso?
Quando eu era pequena morava na mesma rua do cemitério e brincava lá o dia inteiro, perto de tumba abandonada. Adorava ouvir histórias tenebrosas sobre o homem com pé de porco, mas de noite não dormia. Carrego isso até hoje. Outro dia fiquei louca quando vi o filme O Sexto Sentido, em que o cara não sabe que morreu. Até combinei com as minhas filhas que, caso eu morresse, elas deixariam bilhetinhos pela casa para me avisar: “Mamãe, você está morta, procure a luz!”


Voltando à novela, a Nazira é espalhafatosa, exagerada, e você, também?
Sou mais tranquila, mas tenho um lado perua recalcado que eu coloco na Nazira. Acho que tenho uma entidade junto comigo que é totalmente espalhafatosa e que procuro usar na minha vida profissional. A maioria das minhas personagens abusa da sensualidade, tem essa sexualidade toda. A Estela de Irmãos Coragem era uma louca que vivia em cassinos e saia com todos os homens. A Condessa de Gouvarinho, de Os Maias, também era uma desvairada. Eu não tenho nada a ver com isso, não sou uma pessoa gostosa que tem milhares de homens. Mas existe algum lado meu que está no meu inconsciente, que se solta nas personagens que interpreto.

De onde você acha que vem esse seu lado oculto?
Quando eu era criança e morava em Sorocaba, achava que seria atriz no Rio de Janeiro. Imaginava que seria uma mulher que só andaria com estolas de pele e de plumas, com um séquito atrás de mim! Pensava que fecharia restaurantes. Hoje, fico admirada com a facilidade com que transito no universo da personagem.

Já sentiu falta de realizar esse desejo de infância de ser uma Vera Fischer, que pára tudo onde chega?
Nunca. Levar isso para a minha vida pessoal seria muito puxado. Sou muito preguiçosa para estar sempre em todas as festas, sempre produzida, com um séquito atrás. Deve ser uma canseira! Na vida real, não sou chique nem gasto fortunas com roupas. Gosto de jeans e de camiseta. Também não ligo para jóias e só uso maquiagem por causa das olheiras que sempre tive. É mais por necessidade do que por vaidade.

Mas você é vaidosa, não? Já fez plásticas e malha muito.
Fiz uma plástica na barriga depois que tive minhas filhas e uma correção nos olhos. Mas estou mesmo é num momento saúde. Só me alimento de verde e tomo umas gororobas pela manhã. Faço uma vitamina com duas colheres de semente de linhaça, duas de leite de soja em pó, uma de farelo de arroz, e uma fruta. Parei de fumar e entrei nessa onda natureba. Eu malhava em casa, mas este ano entrei para uma academia. Também caminho na praia e estou fazendo natação.




Já tem planos para quando a novela acabar?
Quero fazer teatro. Mas antes, vou viajar com minhas filhas, em julho. Elas vão estar de férias e vamos juntas para Fernando de Noronha. Quero fazer meu batismo no Mergulho.