terça-feira, 26 de março de 2013

Avenida Brasil ganha os trends no Twitter

     Há exatamente 1 ano estreava a viciante trama Avenida Brasil. Mesmo após cinco meses do término da novela, tuiteiros ainda relembram do folhetim. Hoje a hastag #OIOIOI1ano [Clique aqui para ver os tweets] está presente nos assuntos mais comentados da rede social. 
       
      Tuiteiros relembram da trama, dos personagens e tiram onda com sua sucessora, Salve Jorge.


      Relembre dos posts relacionados à esta rede que fizemos aqui: Twitter Blog EG.

      E nós gostaríamos de relembrar um momento especial: a cena em que Muricy (Eliane Giardini) e Leleco (Marcos Caruso) congelaram no final do capítulo, logo após da descoberta do caso deles pela namorada de Leleco, Tessália (Débora Nascimento). 

  

quinta-feira, 21 de março de 2013

Enquete da Semana

     Depois de relembrarmos as personagens Eva/Esmeralda de Cobras & Lagartos (Globo, 2006), abrimos mais uma enquete com as seguintes personagens na berlinda:

Condessa de Gouvarinho x Eva x Helena

      Para votar é muito fácil, basta escolher em uma das personagens da enquete ao lado. A caixinha de opções se encontra logo abaixo do perfil do Blog >>.

Agradecemos desde já! 


'Édipo Rei' no programa 'Metrópolis' da Tv Cultura.

Ontem, 20/03, Eliane Giardini, Gustavo Gasparani e o diretor Eduardo Wotzik falaram ao 'Metrópolis' da Tv Cultura sobre a peça 'Édipo Rei'.
Eduardo falou sobre o processo de adaptação da peça e criação do espetáculo, um processo 'lento', já que o contato dele com 'Édipo' foi cedo, sendo tema de sua monografia de faculdade e, somente agora ele teve a segurança de por esse projeto em prática.
Eliane, ao lado de Gustavo, discute a complexidade da história e que, mesmo tendo sido escrita há tempos por Sófocles, ainda se faz atual discutindo questões humanas como o livre arbítrio e a fé.
Segue o video:


A peça 'Édipo Rei' estreou e teve temporada no Rio de Janeiro, primeiro no Sesc Copacabana e depois no teatro Planetário, e agora faz temporada em São Paulo no Sesc Belenzinho até 31/03.

domingo, 17 de março de 2013

Feliz dia do Fã!

Com o texto da nossa amiga Glória Geórgia, desejamos à todos um Feliz dia do Fã!


             Dia 18 de março é um dia especial, pois é o dia do fã! Mesmo que você não seja fã declarado de alguém, em algum momento da sua vida você deve ter “gostado mais” de uma pessoa da mídia. 
               Apenas queremos lembrar que é um dia especial, sim, porque ‘ser fã’ é algo mais do que apenas gostar de determinada pessoa/série/banda/cantor e afins. Ser fã é acompanhar o trabalho do ídolo, mas acima de tudo, é respeitá-lo e respeitar, também, as pessoas que compartilham com você do mesmo sentimento de fã.
          Nos fã-clubes da vida, sempre vemos que é através das tietagens que se formam amizades. Achamos interessante, pois alguém que não é do seu ambiente de convivência, do tête-a-tête, torna-se alguém que começa a trocar ‘figurinhas’, digamos assim, acerca do seu ídolo. Porém, além de amizades, é comum também haver inimizades, por diversos motivos, quer seja por disparidades de pensamentos ou mesmo por 'inafinidades' com a pessoa. Irrelevante, uma vez que todos estão ali para admirarem o ídolo.

               Queremos desejar um feliz dia para os fãs e que haja respeito acima de tudo.

“Tenho cabeça, coração e me respeito. Acredito em sonhos, não em utopia. Mas quando sonho, sonho alto. Estou aqui é pra viver, cair, aprender, levantar e seguir em frente.(...)” -  Clarice Lispector 

quarta-feira, 13 de março de 2013

350 anos dos Correios


Para quem não sabe, Eliane trabalhou nos Correios e, com o aniversário de 350 anos da empresa, ela foi convidada pra falar à seção "Correios e eu" sobre esse trabalho.
Este é mais um capítulo interessante e admirável da trajetória de nossa artista!


“Os Correios fizeram parte de uma época muito importante da minha vida”




Ao longo de seus 350 anos, os Correios foram local de trabalho de centenas de milhares de pessoas que dedicaram suas vidas aos serviços Postal e Telegráfico. Algumas passaram apenas alguns anos, antes de revelarem seus talentos em outras atividades. Todas trabalharam sempre com o mesmo afinco e guardaram na memória lembranças carinhosas da época nos Correios.

É o caso da premiada atriz Eliane Giardini, que já atuou em seis filmes, 16 peças de teatro e 28 programas de televisão. Ela nasceu em Sorocaba (SP) e, no começo dos anos 1970, percorreu 95km até a capital, atrás do sonho de se profissionalizar como atriz. Para se manter em São Paulo, ela trabalhou no Centro de Telegramas Fonados da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.
“Entrei para os Correios em 1973 e fiquei até 78 ou 79, quando saí para dar aulas de teatro na Unicamp. Minha irmã, Elizete, já trabalhava nos Correios e disse que estavam precisando de gente na agência. Eu me inscrevi, fiz o teste e fui uma das primeiras colocadas no processo seletivo. Era um trabalho bom: meio período e muito bem remunerado.
Os Correios fizeram parte de uma época muito importante da minha vida: estava me formando na Escola de Arte Dramática, casei e engravidei da minha primeira filha, Juliana. Esse período marcou o início da minha carreira e da minha vida familiar. Trabalhava na agência pela manhã, estudava à tarde e fazia teatro à noite.
O trabalho, em si, era essencialmente técnico, mas o ambiente era muito humano. Não raro uma funcionária estava com cólica e a outra cobria. Que eu me lembre, foi o único trabalho fora da minha área, e lá eu era muito acarinhada, recebia um apoio muito importante.
Na minha sala, havia 30 ou 40 mulheres. Éramos conhecidas como telegrafistas intérpretes, porque escrevíamos telegramas fonados de clientes que passavam mensagens em outra língua. No meu caso, em inglês.
Trabalhei na agência da Praça da Republica, que foi desativada. Há uns dez anos eu voltei a uma agência ali perto, para uma gravação do ‘Vídeo Show’. Encontrei alguns colegas daquela época e percebi que, com a mudança, a sala agora é gigantesca e a aparelhagem, ultra moderna. Foi muito legal.”

Fonte: aqui

quarta-feira, 6 de março de 2013

Em Nome do Pai: data de estreia

      Segundo a coluna de Patricia Kogut, a novela já teria uma data de estreia, agora em maio e não mais em junho. 

"Prevista inicialmente para ficar no ar até junho, "Salve Jorge" chegará ao fim em maio. "Em nome do pai" teve a estreia antecipada para o dia 20 desse mês, embora Wolf Maya, diretor de núcleo, diga que essa sempre foi uma possibilidade: 

- Tínhamos datas flexíveis e a primeira delas era 20 de maio. Existe um feriado no fim desse mês, o que comprometeria qualquer estreia.

     Como todos recordam, o nome de Eliane Giardini foi o último a compor o elenco da próxima trama das 21hrs. Segue postagem sobre a personagem: [Clique Aqui]

Leia mais em: Coluna da Kogut

terça-feira, 5 de março de 2013

Eliane Giardini volta mais cedo à telinha

   A novela Avenida Brasil acabou em outubro de 2012, ainda estamos órfãos da trama e dos seus personagens tão nossos. Eliane Giardini está em temporada com a sua Rainha de Tebas, Jocasta, da peça Édipo Rei e nesses últimos dias saíram notas e notícias a respeito do nome da atriz fechar o elenco da sucessora de Salve Jorge. Pois bem, ela estará sim na novela.

    Sobre a sua personagem em Em Nome do Pai, título provisório da próxima novela das 21h, temos as seguintes informações:
  
-> Eliane Giardini substitui Cássia Kiss, que pediu dispensa da trama por motivos pessoais;

-> A persona se chamará Ordália, será uma enfermeira que trabalha no Hospital do personagem de Antonio Fagundes.  

-> Ordália é mãe de Bruno (Malvino Salvador) e este criará a filha de Paloma (Paolla Oliveira), após a criança ser abandonada num local público por Félix (Mateus Solano). Anos se passarão e Bruno e Paloma disputarão a guarda da criança, que será interpretada por Klara Castanho, na Justiça.

-> Hoje teve o primeiro workshop da trama, mas não encontramos nada a respeito da presença de Eliane nele. Por ora, podemos afirmar que o folhetim se passará em São Paulo, é uma obra de Walcyr Carrasco e terá Mauro Mendonça Filho e Wolf Maya como diretores geral e de núcleo. Deve estrear em junho.

Quer ler mais sobre? Seguem links:

Escalação do elenco e sobre a trama: Clique Aqui!
Sobre Workshop: Link 1; Link 2.

Eva Padilha/Esmeralda - Cobras&Lagartos (2006)

Com 37% dos votos, a personagem vencedora da enquete da semana foi ela (ou foram elas) : Eva Padilha/Esmeralda de Cobras&Lagartos, uma novela de João Emanuel Carneiro, com direção geral de Wolf Maia e Cininha de Paula.

Eva Padilha x Esmeralda



                     Em Cobras & Lagartos, Eliane era Eva Padilha, uma mulher séria, católica fervorosa, mãe zelosa de quatro filhos e dona de uma loja de tecidos. Seus herdeiros eram Jonas (Gustavo Falcão), Kika (Christiana Kalache), Madalena (Nanda Costa), vulgo Madá, e Lurdinha (Bruna Marquezine). Eva dividia ainda sua atenção dos filhos e da loja com trabalhos voluntários para a igreja.
                          Foi casada com Serafim (Otávio Augusto), entretanto no inicio da novela , seu ex-marido estava preso e Eva fazia de tudo para manter seus filhos longe do pai que era um mau exemplo.
Separada do marido, a carola era cortejada por seu Tufi (Walter Breda), um ex-policial que na época em que exercia a profissão fora responsável pelas varias prisões de Serafim, um “171” de carteirinha.
                     Quando Serafim sai da prisão, diante da pressão dos filhos, Eva decide dar uma chance ao marido e leva-o para morar na mesma casa que ela e os filhos, mas impõe regras. Obviamente Serafim não as cumpre, o que faz com que Eva expulse-o novamente de casa. 
              Nesse vai e volta de Serafim, onde ele tenta conquista-la, entretanto sem sucesso, Eva perde a memória e acorda como Esmeralda, uma mulher sem rédeas, sem limites que só obedece a seus instintos. Na verdade era o “eu” interior de Eva que vinha à tona. Esmeralda era uma mulher livre, sexy e que atraia a atenção de todos à sua volta. Tal personalidade forte prevaleceu sobre a recatada carola e Esmeralda "tomou conta" do corpinho de Eva.


Tal mudança da matriarca da família mudou completamente a rotina de todos. Jonas, de recatado passou a garanhão da vizinhança, um “às” do sexo. Kika virou uma modelo famosíssima, Madá, a contragosto, ajudava como garçonete e Lurdinha ficou responsável pelos negócios da família, que agora tomaram rumos diferentes, pois tudo se dava em torno aos shows performáticos de Esmeralda, a andaluza fatal. 


Essa personagem teve a peculiaridade de vermos mais uma das faces de Eliane, pois conhecemos seu lado cantora. Só uma artista completa como ela é capaz de nos mostrar numa mesma novela uma personagem com duas faces totalmente opostas. Vimos uma Eliane cantora, performática, dramática, cômica, uma artista completa!

Veja mais de Eva/Esmeralda nos vídeos:

sexta-feira, 1 de março de 2013

Édipo Rei in Sampa

No dia 23 de fevereiro, Eliane Giardini, Gustavo Gasparani e grande elenco estrearam em São Paulo a peça 'Édipo Rei'. Nós, do Blog EG, não poderíamos deixar de prestigiá-los, então "juntamos a galera" e fomos assistir esse maravilhoso espetáculo. Daqui do Blog foram Débora e Rejanilys, só faltou nossa amiga Glória Geórgia (que fez muita falta mesmo), que por motivos diversos não pôde vir pra Sampa (ela é de Campina Grande - PB).


Sucesso no Rio de Janeiro, "Édipo Rei" chegou fazendo sucesso na Terra da Garoa antes mesmo de estrear, pois duas semanas antes da estreia os ingressos de todas as apresentações já haviam se esgotado, restando aos esperançosos a fila de desistência.
A história a cerca da vida de Édipo vem surpreendendo o público pela maneira popular e de fácil entendimento. A plateia acompanha toda a história, mesmo sabendo do final, com atenção e surpresa a cada fala e momento. Texto, cenário, caracterização e interpretações magníficos!
Bom, já que a intenção desse post é compartilhar esse momento lindo de estreia, vamos às fotos:

Eduardo Wotzik sempre muito simpático, falou conosco e disse estar muito feliz com todo o sucesso da peça no Rio e aqui em Sampa.

Débora, Eduardo e Rejanilys

Eliane estava LINDAAAAA, como sempre, saiu toda sorridente e foi muito atenciosa com todos!

Eliane arrasante!

Ela tirou foto com cada uma e depois, é claro, saiu uma foto coletiva:



O querido Gustavo Gasparani também foi muito atencioso e simpático com todos os presentes

Deise, Nicolly, Laura, Victória, Débora, Gustavo, Rejanilys, Jô Pérola, Mayra e Deise

 Fabiana de Mello e Sousa, atriz magnífica que dá vida à Corifeu, venerável cidadã de Tebas, era pura simpatia.
Nicolly, Rejanilys, Fabiana, Victória, Jô, Deise e Laura


Rogério Froés, o Pastor, também foi um amor de pessoa conosco e agradeceu o carinho. Mas somos nós que devemos agradecer o lindo trabalho que todos eles fazem e a atenção que nos deram.

Mayra, Deise, Nicolly, Rejanilys, Rogério, Victória, Débora, Laura e Deise

Conversamos com Eliane e parabenizamo-na pelo sucesso e pela beleza da peça aqui em Sampa, tudo que aconteceu no Rio está se repetindo ou ainda melhor aqui em São Paulo, e desejamos que todo esse sucesso continue e aumente, se possível for, néh?!

Débora, Rejanilys e Eliane

Te amamos demais, Eliane, e maior que isso só a admiração que dedicamos à ti!! Obrigada por mais esse momento lindo!


Como puderam reparar, todas nós estávamos com uma camiseta em homenagem à peça. Eliane, Eduardo, Gustavo e o restante do elenco adoraram a camiseta e nós ficamos muito felizes por isso. Esse gesto é pouco diante da nossa admiração por esse trabalho maravilhoso.

"Uma conspiração em silêncio"

A colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo, postou em sua coluna uma pequena nota sobre uma possível nova peça em que Eliane atuará.



EM SILÊNCIO
A vida da escultora francesa Camille Claudel renderá nova peça. Patrícia Pillar e Eliane Giardini estarão no elenco de "Uma Conspiração do Silêncio", sobre os 30 anos em que a amante de Auguste Rodin passou internada, com problemas mentais, antes de morrer, em 1943. A relação entre Camille e sua mãe é um dos focos, afirma o diretor Amir Haddad.
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Não sabemos ainda sobre datas, local ou até mesmo sobre a confirmação da informação, mas com certeza acompanharemos informações sobre este possível trabalho e compartilharemos aqui.
Nós, do Blog EG, gostaríamos muito que isso se concretizasse, pois significa Eliane no teatro mais uma vez e trabalhando ao lado da querida e talentosa Patrícia Pillar, ainda com Amir Haddad como diretor. Bom demais, néh?!








Fonte: Aqui

Tragédia Popular - Édipo Rei

     Tragédia Popular dá o título à reportagem da jornalista Maria Eugênia de Menezes, do Jornal  Estado de São Paulo sobre a peça Édipo Rei, em cartaz no Sesc Belenzinho, em São Paulo.


     Para Aristóteles, não havia exemplo mais perfeito de tragédia grega. E foi assim que Édipo Rei atravessou os séculos. Influência para as bases da psicanálise. Personagem mítico que desdobra conflitos do indivíduo e da política. O espetáculo que o diretor Eduardo Wotzik mostra no Sesc Belenzinho, após temporada no Rio, nasce dessa convicção.“Investigar Édipo é como investigar o próprio homem”, argumenta ele. “Vejo como um presente que Sófocles deixou para a humanidade se divertir por toda a existência.”
      É como projeto de vida que o encenador encara a atual montagem. “Tenho a impressão de que tudo que fiz na minha carreira até agora foi só uma preparação para chegar aqui.” Os planos de levar a história clássica ao palco nasceram em 2007 – a partir do encontro com o ator Gustavo Gasparani. E, desde então, já deram origem a uma série de leituras, oficinas e debates.
    Na pele do personagem título, Gasparani vê-se diante do primeiro papel trágico de sua trajetória, majoritariamente ligada a comédias e a musicais. Em 2012, dividiu-se entre os papéis de um travesti no espetáculo musicado As Mimosas da Praça Tiradentes e do radialista Gentil Soares, na novela da Globo Cheias de Charme.“Venho de um percurso diferente. O mais perto que tinha chegado de algo assim foi com a tragédia carioca de Nelson Rodrigues, Bonitinha, Mas Ordinária”, comenta o ator, que divide a cena com veteranos, como Amir Haddad e Rogério Fróes. “Mas não mudei a forma de trabalhar  por causa disso. A situação representada é trágica. O meio para alcançá-la é o mesmo.”
   Quem vive desafio semelhante é Eliane Giardini. Distante do teatro há cinco anos, a intérprete saltou do sucesso televisivo Avenida Brasil para viver Jocasta, a mãe que se casa com o filho, assassino do próprio pai. "A gente está acostumada a trabalhar com o drama e com as próprias referências. Você sempre procura, na memória, uma emoção que seja similar àquela que você está interpretando. No caso do registro trágico, isso não existe. Essa sensação é uma invenção. Não tenho referência para imaginar algo assim." 

    Para todos. Parcela considerável da plateia já chega ao teatro sabendo qual é a trama à qual vai assistir: um oráculo prevê que o filho do rei Laio vai matar o pai e depois se casar com a mãe. Para fugir à profecia nefasta, o casal manda assassinar o recém-nascido.
     Ele, porém, acaba escapando e, sem saber, cumpre o mal que o destino lhe reservou. Na tentativa de preservar o texto, alguns dos encenadores que montam tragédias optam por retomá-las tal qual foram escritas.
  Há, no outro extremo, aqueles que preferem se valer dos argumentos trágicos para criar suas leituras particulares, com feições contemporâneas. A versão de Eduardo Wotzik não segue por nenhum desses dois caminhos. Tenta manter-se fiel ao texto. Mas não hesita em eliminar aquilo que poderia dificultar sua compreensão pelo público e alcança uma enxuta encenação, com pouco mais de uma hora. “Em geral, as traduções e adaptações têm distanciado a tragédia do espectador, tornando- as mais eruditas. Complicando sua linguagem e impedindo a clareza de sua narrativa”, considera o diretor. “Trabalhamos no sentido inverso, buscando sempre a comunicação imediata do público. O que fiz foi ressaltar suas características. Édipo Rei é, na verdade, um thriller, uma trama perfeita com final surpreendente.”
    Além de espantoso, o desfecho da saga pode suscitar interpretações distintas. Existe, em primeiro plano, o conflito entre destino e livre-arbítrio. Mas há, também, uma contraposição entre o desejo pessoal e o dever coletivo. Ao descobrir-se como assassino paterno, Édipo não decide imolar-se, perfurando os olhos, apenas para expiar a culpa.
      Para além do parricídio e do incesto, coloca-se a sua responsabilidade como governante de Tebas. O lugar social excede as vontades do indivíduo. “Ele está pensando na sua função social. Culpa é um sentimento cristão. Não acho que seja essa a sua motivação”, acredita Gustavo Gasparani. “Sua atitude é de cumprir a sentença que ele mesmo havia determinado no início da história para quem fosse o assassino. Édipo sabe que precisa dar o exemplo.”



Serviço:
ÉDIPO REI
Sesc Belenzinho - R. Padre Adelino, nº1000
tel. 11 2076-9700
6ª e sáb. às 21h30 / domingo às 18h30
R$6/R$24. Até 31/03