quarta-feira, 13 de março de 2013

350 anos dos Correios


Para quem não sabe, Eliane trabalhou nos Correios e, com o aniversário de 350 anos da empresa, ela foi convidada pra falar à seção "Correios e eu" sobre esse trabalho.
Este é mais um capítulo interessante e admirável da trajetória de nossa artista!


“Os Correios fizeram parte de uma época muito importante da minha vida”




Ao longo de seus 350 anos, os Correios foram local de trabalho de centenas de milhares de pessoas que dedicaram suas vidas aos serviços Postal e Telegráfico. Algumas passaram apenas alguns anos, antes de revelarem seus talentos em outras atividades. Todas trabalharam sempre com o mesmo afinco e guardaram na memória lembranças carinhosas da época nos Correios.

É o caso da premiada atriz Eliane Giardini, que já atuou em seis filmes, 16 peças de teatro e 28 programas de televisão. Ela nasceu em Sorocaba (SP) e, no começo dos anos 1970, percorreu 95km até a capital, atrás do sonho de se profissionalizar como atriz. Para se manter em São Paulo, ela trabalhou no Centro de Telegramas Fonados da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.
“Entrei para os Correios em 1973 e fiquei até 78 ou 79, quando saí para dar aulas de teatro na Unicamp. Minha irmã, Elizete, já trabalhava nos Correios e disse que estavam precisando de gente na agência. Eu me inscrevi, fiz o teste e fui uma das primeiras colocadas no processo seletivo. Era um trabalho bom: meio período e muito bem remunerado.
Os Correios fizeram parte de uma época muito importante da minha vida: estava me formando na Escola de Arte Dramática, casei e engravidei da minha primeira filha, Juliana. Esse período marcou o início da minha carreira e da minha vida familiar. Trabalhava na agência pela manhã, estudava à tarde e fazia teatro à noite.
O trabalho, em si, era essencialmente técnico, mas o ambiente era muito humano. Não raro uma funcionária estava com cólica e a outra cobria. Que eu me lembre, foi o único trabalho fora da minha área, e lá eu era muito acarinhada, recebia um apoio muito importante.
Na minha sala, havia 30 ou 40 mulheres. Éramos conhecidas como telegrafistas intérpretes, porque escrevíamos telegramas fonados de clientes que passavam mensagens em outra língua. No meu caso, em inglês.
Trabalhei na agência da Praça da Republica, que foi desativada. Há uns dez anos eu voltei a uma agência ali perto, para uma gravação do ‘Vídeo Show’. Encontrei alguns colegas daquela época e percebi que, com a mudança, a sala agora é gigantesca e a aparelhagem, ultra moderna. Foi muito legal.”

Fonte: aqui

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