sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Bate-papo com Eliane Giardini - Boca de cena

Após o sucesso em 'Avenida Brasil', atriz vive Jocasta




Do fíctício subúrbio do Divino para a Grécia Antiga. Depois de fazer um enorme sucesso como Muricy no fenômeno de teledramaturgia “Avenida Brasil”, Eliane Giardini agora encara um desafio bem diferente. Depois de ficar longe dos palcos por cinco anos, a atriz acaba de estrear o espetáculo “Édipo Rei”, com direção de Eduardo Wotzik. Em cena, ela vive Jocasta, viúva que se casa com Édipo quando ele se torna rei de Tebas, sem saber que é seu filho.

Direto de 'Avenida Brasil' para uma tragédia grega. Como foi essa mudança?
Um grande desafio. Em todos os níveis, desce conciliar horários de gravações com ensaios, até o de alternar os registros para cada interpretação.

Você tinha desejo de interpretar um personagem clássico?
Sempre tive essa vontade, mas ainda não tinha surgido a oportunidade. Encenar um clássico é uma empreitada. Precisa de excelentes atores, diretor refinado, uma produção que dê conta de tanta gente em cena e fora dela. Por isso, quando Gustavo me convidou, vi que havia chegado a hora.

Como você se preparou para viver Jocasta?
Primeiro por uma abordagem mental, de compreensão do texto, de leitura de outras peças afins, outras tragédias que abordam a lenda de Édipo. Também vi filmes e busquei referências visuais, como “Édipo Rei” de Pier Paolo Pasolini (1967).

Há um peso maior por interpretar um dos grandes papéis femininos da história do teatro?
Acho que é o momento certo para esses desafios. Tenho que tentar esses voos mais altos para me reinventar, sair de uma zona de conforto.  É o que nos mantém alertas, atentos, atualizados.

Você ficou cinco anos sem fazer teatro. Porque ficou tanto tempo afastada? Como está sendo esse retorno?
Porque acabei emendando muitos trabalhos na TV. Trabalhos irrecusáveis. Mas é chegado o momento de alternar essas experiências. Televisão, teatro e cinema estão na minha faixa de interesse. Há muito por fazer, preciso administrar meu tempo para dar conta.

Fonte: Globo Teatro

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