Após o sucesso em 'Avenida Brasil', atriz vive Jocasta
Do fíctício subúrbio do
Divino para a Grécia Antiga. Depois de fazer um enorme sucesso como Muricy no
fenômeno de teledramaturgia “Avenida Brasil”, Eliane Giardini agora encara um
desafio bem diferente. Depois de ficar longe dos palcos por cinco anos, a atriz
acaba de estrear o espetáculo “Édipo Rei”, com direção de Eduardo Wotzik. Em
cena, ela vive Jocasta, viúva que se casa com Édipo quando ele se torna rei de
Tebas, sem saber que é seu filho.
Direto de 'Avenida
Brasil' para uma tragédia grega. Como foi essa mudança?
Um grande desafio. Em
todos os níveis, desce conciliar horários de gravações com ensaios, até o de
alternar os registros para cada interpretação.
Você tinha desejo de
interpretar um personagem clássico?
Sempre tive essa
vontade, mas ainda não tinha surgido a oportunidade. Encenar um clássico é uma
empreitada. Precisa de excelentes atores, diretor refinado, uma produção que dê
conta de tanta gente em cena e fora dela. Por isso, quando Gustavo me convidou,
vi que havia chegado a hora.
Como você se preparou
para viver Jocasta?
Primeiro por uma
abordagem mental, de compreensão do texto, de leitura de outras peças afins,
outras tragédias que abordam a lenda de Édipo. Também vi filmes e busquei
referências visuais, como “Édipo Rei” de Pier Paolo Pasolini (1967).
Há um peso maior por
interpretar um dos grandes papéis femininos da história do teatro?
Acho que é o momento
certo para esses desafios. Tenho que tentar esses voos mais altos para me
reinventar, sair de uma zona de conforto.
É o que nos mantém alertas, atentos, atualizados.
Você ficou cinco anos
sem fazer teatro. Porque ficou tanto tempo afastada? Como está sendo esse
retorno?
Porque acabei emendando
muitos trabalhos na TV. Trabalhos irrecusáveis. Mas é chegado o momento de
alternar essas experiências. Televisão, teatro e cinema estão na minha faixa de
interesse. Há muito por fazer, preciso administrar meu tempo para dar conta.
Fonte: Globo Teatro
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