E com 69% dos votos anunciamos
a vencedora da enquete da semana: Caetana, de A Casa Das Sete Mulheres (2003)!
A minissérie é de
autoria de Maria Adelaide Amaral e adaptada do romance da gaúcha Letícia
Wierzchowski. O romance apresenta o papel das mulheres no período que compreendeu
a Revolução dos Farrapos, ocorrida no Rio Grande do Sul entre os anos de 1835 e
1845, além de situar historicamente um fato importante ocorrido durante o
Brasil Império. Narrado sob a ótica de Manuela (Camila Morgado) - sobrinha do General
Bento Gonçalves -, nos é apresentado o panorama da Guerra, as Batalhas, mas,
sobretudo, a vida das mulheres da família do General. Ao longo dos dez anos, conhecemos
o convívio destas sete mulheres tão distintas, porém semelhantes em suas
perdas, dores e amores.
A trama é, sem dúvidas, um
dos momentos mais emocionantes da carreira de Eliane para nós. Por quê? Porque
a autora, Maria Adelaide, ao ser convidada para escrever sobre o tema, imediatamente
pensou nos artistas mais completos que poderiam participar desse primor da
televisão brasileira, e deu a cada um
deles o personagem perfeito. Eliane era então Caetana, mulher forte, guerreira,
encantadora e com os olhos verdes esmeralda. Esposa do líder dos farrapos, Bento
Gonçalves (Werner Schünemann), personagem real, mãe de oito filhos, uma mulher
que durante os dez longos anos ficou juntamente com seus filhos e parentes na
mesma estância esperando o fim da Guerra.
Mulher de fibra, corajosa
e muito bonita, chamava atenção de todos, inclusive, do maior rival do seu marido,
o coronel Bento Manuel (Luis Melo), que na minissérie almejava tirar Caetana de
Bento Gonçalves, porém, o presidente da República Farroupilha e sua mulher
mantinham um sólido casamento, visto como um modelo para todos da família.
Como já dissemos
anteriormente, a minissérie foi baseada em um romance homônimo, e em alguns
momentos da leitura do romance, percebemos algumas semelhanças entre Caetana e
Eliane que só se firmou quando a minissérie ganhou vida na telinha. A doçura no
olhar da personagem era o mesmo que vemos na atriz. Assim, a personagem
encantou a muitos espectadores e ainda hoje é relembrada com muito carinho.
“(...) meu tio, Bento Gonçalves, sua mulher de lindos olhos verdes, Caetana, (...) tão bela, mesmo de longe, com seus negros cabelos a brilhar sob o sol. (...) abriu um sorriso doce e algo cansado. Seus olhos verdes cintilavam uma luz que dava mágica ao seu rosto (...). Movia-se entre todos com uma leveza de garça, alta e ereta como uma rainha. Caetana era, sem dúvida, uma das mais belas mulheres do Rio Grande. Nos bailes, nenhuma das moças conseguia fazer melhor figura que ela quando valsava pelo salão, guiada por Bento Gonçalves.”
(WIERZCHOWSKI)
As gravações da
minissérie começaram no Rio Grande do Sul durante o ano de 2002, e ali a
produção e os atores já podiam imaginar o tamanho do sucesso que anos mais
tarde viria a ser reprisado na TV Globo, em 2006, e no Canal Viva, em 2010, a
pedidos dos telespectadores e internautas. E, em todas as exibições conseguiu
atrair um público grande.
A Casa das Sete
Mulheres sem dúvida é mais um dos trabalhos de Eliane que deixou o público
Giardinesco muito mais admirado. A linda, forte e encantadora Caetana rendeu à
Eliane o Prêmio Arte Qualidade Brasil 2003 (Rio de Janeiro), de Melhor Atriz de
Teledramaturgia.
Sugestões de vídeos:
1: Tema musical de Caetana e Bento Gonçalves: Te tengo miedo
2: Cenas da personagem extraídas do Viva: Compilação