quarta-feira, 15 de maio de 2013

Uma mulher que ama

Vem relembrar com a gente mais uma personagem que Eliane viveu no Teatro. Dessa vez, trazemos uma matéria da Revista Contigo! sobre Dolores, sobre dividir o palco com seu irmão e ainda um pouquinho sobre Pérola de Eterna Magia.
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Atriz vive a apaixonada Dolores no teatro e diz que se inspirou na própria história para interpretar a personagem

Por Kizzy Bortolo, 
Revista Contigo! - 2007

      Um amor que atravessa duas décadas, vivida por uma eterna romântica. E quem é essa mulher? Eliane Giardini, 54 anos, na pele de Dolores no espetáculo O Mundo dos Esquecidos, que acabou de estrear no último dia 11 de janeiro, no Rio. "O mais bacana dessa peça é que se trata de um universo altamente feminino e, por isso, as mulheres se identificam muito. É uma reflexão, não somente racional, mas também com muito sentimento", diz a atriz.
    Eliane nasceu em Sorocaba, interior de São Paulo, e usou sua história pessoal para dar toques à personagem. "Como tenho muitas tias e elas sempre foram mulheres que estavam prontas para um amor idealizado, um amor romântico, tal como a minha personagem na peça, eu me inspirei nelas para compor essa mulher, que tem uma grande dose de fantasia, uma certa ingenuidade, mas que está sempre pronta para o amor e para compartilhar uma relação", afirma. 

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Em família

     Essa é a primeira vez que Eliane contracena no teatro com seu irmão, Paulo Giardini. Ele interpreta o taxista Barsa na peça. "Estou muito feliz por está trabalhando mais uma vez em família", explica. Eles atuaram juntos em América (2005), novela na qual Eliane interpretava a viúva Neuta e Paulo, o delegado da cidade. Mas agora revelam estar tendo a oportunidade de contracenar mais intensamente. Os ensaios se estenderam por três meses e duravam uma média de dez horas por dia. "Ficamos ainda mais unidos, o que é ótimo. Estou adorando também estar constantemente com todo o elenco do espetáculo. Nós vivemos um momento muito ligado um ao outro, como se fôssemos amigos de infância mesmo", diz a atriz. 
      Paralelamente ao trabalho no teatro, ela já prepara a sua volta à TV. Eliane começa a gravar a próxima novela das 6 da Globo, Eterna Magia, que substituirá O Profeta e será ambientada nos anos 50. "Vou interpretar uma bruxa do bem", diz.   

  
       

domingo, 12 de maio de 2013

Feliz dia das mães!


Àquela que passa 9 meses –às vezes menos – à espera do seu bebê; àquela que vela o sono do filho quando este está doente; àquela que não dorme quando ele não chega;  àquela que vibra com as vitórias dele; àquela a quem o sentimento é tenro, verdadeiro e maior do que qualquer amor que possa existir: MÃE!
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Claro, não poderíamos deixar esta data tão importante em branco!
Através do pequeno texto acima, gostaríamos de desejar para a nossa artista Eliane Giardini e para todas as mães, um feliz dia, que convencionou ser comemorado no segundo domingo de maio, mas que sabemos que deve ser celebrado todos os dias e não apenas neste domingo!
Como não somos poetisas, nem escritoras ou algo do tipo, selecionamos um poema do grande Mário Quintana que tão brilhantemente nos presenteou com os versos abaixo:


Mãe... São três letras apenas
            As desse nome bendito
            Também o céu tem três letras
            E nelas cabe o infinito


           Para louvar a nossa mãe,
           Todo bem que se disser
           Nunca há de ser tão grande
           Como o bem que ela nos quer


           Palavra tão pequenina,
           Bem sabem os lábios meus
          Que és do tamanho do CÉU
          E apenas menor que Deus!


(Mário Quintana, poema para o dia das mães)


Eliane Giardini e suas filhas Mariana e Juliana, desenhadas por nossa amiga Fernanda Maiochi. Desenho este que foi o nosso presente de 'dia das mães' ano passado.

Um pouco tarde para prestarmos a homenagem, mas não esquecida!
Abraços para todas as mães e para quem um dia será, =*




sexta-feira, 3 de maio de 2013

Cabeça & Corpo (1983)

      Vejam só o que encontramos: o cartaz da peça Cabeça & Corpo, acompanhado de uma crítica publicada no Estadão e uma foto do elenco, extraída da biografia do diretor Silnei Silveira. Como faz trinta anos dessa montagem, acreditamos que poucos sabem a respeito dela. Por isso, resolvemos postá-la aqui: porque recordar é viver! Ah, e antes que esqueçamos: Eliane Giardini interpretou Lucia Krassilk.

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A Dança das Cabeças em Crise
Por Jefferson Del Rios
Estadão
13 de Setembro de 1983


     Uma comédia de amor, ou melhor: uma comédia sobre os desacertos do amor numa determinada faixa social. Mauro Chaves, que já demonstrou acuidade em observar setores da classe média brasileira em Os Executivos, retorna ao teatro com o mesmo bom humor e talvez maior dose de sarcasmo ao descrever dois tipos de desabamentos: o financeiro e o existencial dos segmentos mais arrivistas e propensos ao novo riquismo desta mesmíssima classe-média, desta “burguesia” de fancaria, se é que o termo burguês cabe aos pobres diabos engravatados das metrópoles nacionais.



     A obra de Mauro Chaves revela os pequenos negócios, as falcatruas imobiliárias, a rendição moral de uma gente que sobe e desce ao sabor de fatores econômicos que escapa às suas existências. Sobra ainda, algumas pontadas a um tipo de intelectualismo pedante e destituído de maior força humana e cultural. E no meio de tudo, mulheres infiéis, mulheres chateadas, mulheres à deriva. Os triângulos se desdobram em outras possibilidades geométricas; e com um punhado de filhos de quebra. É engraçado e patético.

     O autor abusa de certas inverossimilhanças (um corretor imobiliário e um professor universitário não passariam, como ocorre, uma procuração perigosa a um advogado visivelmente malandro, etc); incide também no velho recurso dos telefonemas providenciais que facilitam (ou complicam) a ação. Mauro Chaves é, porém, um dramaturgo elegante, um engenhoso frasista e os fatos se arrumam do melhor jeito para o divertimento do público.



      Silnei Siqueira, na direção, com impecável tarimba de encenador de comédias, faz o espetáculo correr exatamente no ritmo e no clima que o enredo sugere. A encenação é clara e irônica, não procurando nenhuma grandiloquência teatral. Aqui está uma das características marcantes de Silnei: simplicidade e eficiência. O seu teatro passa o recado na medida proposta básica da peça, evitando rebuscamento, redundâncias, fogos de artifícios e demais truques do ramo. O diretor sabe lidar com o elenco numa linha de espontaneidade em que as melhores qualidades de cada interprete afloram naturalmente. Umberto Magnani, definitivamente um dos bons atores paulistas, tira de letra o papel de marido falido e enganado. Eliane Giardini, amadurecida, está segura na sua elegância interpretativa e nas súbitas reviravoltas cômicas da esposa-amante-senhora-de-dois-maridos. Zécarlos Andrade, sem exageros, encontra o tom convincente para o intelectual. E a surpresa da intervenção imaginosa e engraçada de Paulo Deo como o pilantra escolado. Sobre todos estes acertos, o toque romântico e sutil da bonita musica de Almeida Prado. Enfim, uma caricatura de luxo.